Algum tempo em um passeio com nossos amigos Gilberto e Maria Cadaval, combinamos uma viagem juntos, uma viagem mais longa e quando eu e a Manja estávamos estruturando a viagem a cordilheira logo lembramos deles. Convite feito e logo aceito e marcamos o dia que ficasse bom para todos, esse dia foi em setembro de 2024. Dia marcado, horário combinado, tudo pronto e logo o dia chegou. Saímos de nossas casas na vila da Quinta RS, Gilberto também mora lá, somos conterrâneos rumamos a Santana do Livramento resolvemos entrar na Argentina pelo Uruguai, gostamos muito também desse País. Dormimos em Santana do Livramento no Shopping Siñeriz, lá eles aceitam Motorhome e tem aduana, fica tudo muito fácil e por sinal fizemos a aduana no mesmo dia, ficando assim livres para sairmos muito cedo e assim o fizemos. Entramos logo em Rivera, já no Uruguai, fomos pra Taquarembó, Paysandú onde dormimos e no outro dia fomos rumo a Fray Bentos onde passamos pra Gualeguaychú, agora já na Argentina.
Em Gualeguaychú, compramos chip de telefone da Argentina e trocamos alguns pesos e partimos pra cidade de Gualey e fomos dormir em Victória. No outro dia partimos para Rosário cidade grande e por esta razão passamos por Rosário, nem no tempo das viagens de moto gostávamos de cidades grande, sempre que podíamos evita-las assim o fazíamos. De Rosário viemos a São Luiz onde dormimos. No dia seguinte sim chegamos a Mendoza. Lá sim embora cidade grande tem vários passeios pra se fazer e por esta razão ficamos três dias lá. Passeios maravilhosos. Um dos objetivos atingidos e dai, partimos pra o segundo objetivo. Cordilheira, passo Cristo Redentor, pé do vulcão Aconcágua essa missão sim, difícil de ser cumprida, tem missões em nossa vida que não precisamos entender temos que embora duríssimas, cumpri-las e assim á fizemos e fizemos como achávamos que essa missão pela dureza dela teria que ser feito. Seria o seguinte: Deixar as cinzas de um AMIGO motociclista as pés do Aconcágua, vulcão imponente, desafiador, muita gente já o desafiou e ele foi o vencedor e continua lá com sua majestade de guerreiro, por esta razão no meu intender não existiria lugar mais indicado para deixar meu AMIGO guerreiro que agora está lá fazendo parte dessa majestosa paisagem, Que pra nós tem agora esse diferencial de beleza. lá descansa o nosso guerreiro, tenho certeza que ele ira interagir com todos os motociclistas que por lá passarem. Vou lhes contar uma coisa: Se eu tentasse organizar uma cerimonia não conseguiria fazer da maneira que foi feito. Ele era um cara muito comunicativo, bonachão, em poucos minutos era amigo de infância da pessoa que ele conheceu á cinco minutos. Acreditem, subimos ao primeiro mirador do Aconcágua, nos quatro e na hora de soltar as cinzas apareceu um grupo de motociclistas com pessoas de vários países, como Canada, Suíça, Alemanha, coisa inacreditável, inexplicável, quem conhecia meu amigo teria certeza que ele estaria ali. Formou-se o ambiente que ele adorava e criava quando tinha muitos motociclistas. Fizemos uma homenagem e ali cumpriu-se mais uma etapa de nossa viagem e cumpriu-se com LOUVOR.
